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Complexo Monumental das Sete Fontes

As Sete Fontes, com as suas imensas condutas revestidas de pedra onde chegam a poder passar duas pessoas em simultâneo, com as suas condutas subterrâneas, algumas em profundidade e outras quase à superfície, com as minas e poços, com as seis “casas” – outrora eram em número de sete – em que se juntam, tratam e decantam as águas, as Sete Fontes, digo, são o mais importante monumento à perenidade da acção das sucessivas vereações que a Câmara teve durante os últimos quatro séculos. Foram muitos os trabalhos em que os edis se empenharam em resolver para o bom progresso da cidade; mas em nenhum se sente um cuidado tão grande quanto o que devotaram ao problema da água.

Durante centenas de anos as Sete Fontes foram o principal ponto abastecedor de água da cidade. Foi só no ano de 1929 que começou a funcionar o sistema da central de captação de águas do rio Cávado, na Ponte do Bico.

Naturalmente que hoje o caudal da água das Sete Fontes é manifestamente insuficiente para os consumos domésticos e industriais da cidade. Mas, sabendo-se que a água se tornará a muito curto prazo o bem mais precioso da humanidade há que pensar seriamente em defender aquele manancial, estimado no ano de 1934 em cerca de 500.000 litros por dia. E, também, há que estudar detidamente toda esta epopeia que se estendeu por séculos, há que aprender a respeitar e preservar este importantíssimo conjunto do engenho e arte dos nossos antepassados.

As Sete Fontes não são apenas a parte visível, as lindas caixas de água com as armas do arcebispo D. José de Bragança e a data de 1744, data e armas que afinal não são de todo correctas porque, como vimos, já há pelo menos três quartos de século que ali se procurava a água – e com excelentes resultados – que a cidade bebia. As Sete Fontes são também aquele labirinto infindo de minas e condutas que por ali andam escondidas sob tojos, campos de cultura e alguns pinheiros.

Retirar uma pedra e uma das caixas de água, cortar um veio, obstruir um canal, ou permitir a construção ao seu lado ou à sua volta, é destruir uma parte importantíssima de um todo excepcional e com raros paralelos por esse país fora como é o das Sete Fontes.

Tendo registado com enorme satisfação a classificação de interesse Nacional, atribuída pelo IPPAR, ao Complexo Monumental das Sete Fontes, o Executivo desta Junta de Freguesia não pode deixar passar a oportunidade sem REGISTAR um louvor a todos aqueles que de uma forma abnegada souberam defender uma parte importante da história da cidade de Braga, registando com particular relevo a acção desenvolvida pela ASPA, por todos os responsáveis desta Junta de Freguesia e do anterior Executivo, assim como da Assembleia de Freguesia de São Victor, que sempre souberam estar na primeira linha de defesa deste importante património. Não podemos deixar de referir o papel importante da opinião pública que sempre soube demonstrar enorme simpatia por esta causa, sendo enorme o pedido de visitas a efectuar a esta referência importante de São Victor, de Braga e do País, assim como das Escolas Básicas da Freguesia, que têm incluído anualmente visitas para os seus alunos a este importante Complexo Monumental.


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