Junta de Freguesia de São Victor Junta de Freguesia de São Victor

Igreja Senhora-a-Branca

Remonta ao século XIV, ao tempo do arcebispo D. João de Soalhães (1313-1325), a fundação desta igreja. Mas nada se conserva agora desse longínquo tempo.

Hoje podemos dizer que a parte mais antiga foi mandada fazer por D. Diogo de Sousa (1505-1532). Destes dois anos são a porta principal (marcada pela sua pequena pedra de armas) e a arquitectura da parte inferior do coro, parcos restos de uma intervenção que se estendeu a todo o templo.

No início do último quartel do século XVII a igreja recebeu várias alterações. Uma delas consistiu em um novo tecto de caixotões, muito semelhante ao que ainda se conserva no templo do convento do Salvador; este tecto veio a desaparecer após as reformas levadas a cabo nos finais de setecentos, período em que foi considerado fora de moda. E foi pena porque era muito bonito.

Da mesma forma que o tecto, também o seu retábulo-mor sofreu várias mudanças. Embora nos faltem dados sobre os altares que nela existiram até meados do séc. XVIII, não podemos deixar de acreditar que, ao longo dos tempos que decorreram desde a fundação da igreja até meados de setecentos, tenha havido mais que um.

O altar actual é, por si só, um bom reflexo das sucessivas mudanças de gosto dos homens que governaram a igreja durante a segunda metade do séc. XVIII.

No ano de 1745, um dos homens mais poderosos de Braga, o Dr. Jerónimo Coelho da Costa Maia, Desembargador da Mitra, elaborou um novo risco para o retábulo-mor da igreja. A sua proposta foi bem aceite e posta em arrematação pública.

Embora o seu trabalho tenha sido aprovado, apenas 6 anos mais tarde foi decidido fazer algumas alterações até porque começava a surgir um novo gosto, o do rococó.

Novamente se pediram várias propostas e a escolhida foi a de André Soares.

O resultado destas novas obras apenas pode ser hoje avaliado pelo sacrário, única peça que resta. É que em 1783 o retábulo recebeu importantes alterações executadas por outro conceituado mestre entalhador, João Bernardo da Silva, que lhe deram o ar neo-clássico que agora apresenta.

Também em 1783 foram construídos dois novos retábulos colaterais, com a sua pintura azul e branca; felizmente que houve o cuidado de preservar os velhos e lindíssimos presépios que se vêem nos retábulos que estão em primeiro lugar de cada lado da nave.

A sacristia também merece a nossa melhor atenção. Não tanto pelo seu excelente retábulo, de estilo nacional, mas, sobretudo, pelo belíssimo e muito conservado revestimento de azulejo seiscentista.

A fachada é prova evidente da passagem dos tempos e gostos. Olhando com alguma atenção veremos que a parte superior nada tem a ver com o enquadramento da porta principal. E é natural que assim seja, pois a porta é uma das raras reminiscências que ainda se conservam das obras feitas no tempo de D. Diogo de Sousa; e a parte superior é o resultado das grandes transformações que foram levadas a cabo nos anos 1770-1771.

Se dermos a volta à igreja ainda vamos encontrar uma outra obra executada num período diferente. Estamo-nos a referir à torre que é muito semelhante à da igreja de São Victor, ou seja, deverá ter sido levantada nos finais do século XVII ou inícios do seguinte.


  • Categoria:Igrejas
  • Morada:Largo Sra. A. Branca 58
    4710-926

© 2024 Junta de Freguesia de São Victor. Todos os direitos reservados | Termos e Condições

  • Desenvolvido por:
  • GESAutarquia